sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Review: Ghost Rider - Spirit of Vengeance


Depois de uma cartunesca e ruim adaptação em 2007, o personagem mais explotation da Marvel ganha uma segunda chance nos cinemas nas mãos dos gênios que trouxeram ao mundo Crank.Apesar de já terem assumido outro personagem explotation dos quadrinhos, mas devido a interferências do estúdio não deu um resultado bom (leiam meu review de Jonah Hex pra entender), como podemos dizer que eles se saíram com O Espírito da Vingança?


Antes de mais nada, vamos a trama do filme: isolado na Europa para tentar conter Zarathos, o demônio que o faz se transformar em Motoqueiro Fantasma, Johnny Blaze (Nicolas Cage) recebe a visita do padre beberão Moreau (Idris Elba) que lhe oferece um acordo: o Espirito da Vingança seria liberado de seu corpo caso aceite proteger o jovem Danny Ketch (Fergus Riordan) e sua mãe, Nadya (Violante Placido) do mercenário Ray Carrigan (Johnny Whitworth), que irá se tornar o espírito da decadência Blackout, e de Roarke (Ciaran Hinds), também conhecido como Satã, que deseja possuir o corpo do menino como parte do acordo feito com Nadya.


Primeiramente, o tom do filme é muito diferente de seu antecessor, que engloba muito das características e do estilo de humor dos diretores Neveldine e Taylor, mas ao mesmo tempo consegue ser sombrio o suficiente para manter a atmosfera da história ainda tensa, mas sem se tornar necessariamente um filme de terror, que pode chatear alguns.Mas o filme consegue deixar a plateia ligada no que acontece e mantêm as mudanças de tom bem nivelados, deixando tudo aquilo fazendo parte deste eletrizante, assustador e divertido novo mundo.


Mas bem diferente do primeiro filme, o tratamento dado a historia é muito melhor, com um certo clima de "Exterminador do Futuro" ao relacionamento de Blaze com Danny.Mas no contexto geral é que Blaze, quando fez seu trato com o Diabo, na verdade fez por motivos egoístas, e agora vê no jovem Ketch a oportunidade de se redimir de seus pecados e usar esse demônio interior para algo bom, mas sem se tornar exatamente o pai dele, mas uma figura paterna forte da qual principalmente o garoto se interesse.


No fim das contas, o filme todo representa a ideia de mudança, que pelo fato de estar conectado a algo não signifique que tenha que estar preso a aquilo para sempre, você pode mudar, melhorar, se tornar algo melhor.E isso é refletido em todos os personagens.Em Roarke, que quer um corpo novo para trazer o inferno a terra, a Carrigan que deixa de aparentar ser um monstro para se tornar um de fato, a Nydia em dar uma vida melhor e mais honesta não somente a ela mas ao seu filho, e a Danny que tem que decidir o que fazer caso aceite usar os poderes de Satã que moram dentro dele.O único que escapa desse processo e Moreau, que por ser padre não impede de curtir a vida de um jeito que ofenda exatamente as suas crenças e ao mesmo tempo não consegue se encaixar na estrutura proposta.Ele é o unico dos personagens do filme que atingiu esse equilibrio que todos os outros buscam durante a história.


Muitas duvidas estavam a cerca de como o 3D seria utilizado neste filme, já que o estilo dos diretores requer muito movimento de camêra com as mãos, não tendo exatamente a estabilidade das consideradas gravações "normais". No fim das contas, o 3D consegue funcionar muito bem no estilo deles, dando uma sensação realmente nova no sentido de jogar o espectador para dentro do filme, apesar que na cena inicial você fique um pouco zonzo por um momento, mas depois se acostuma. A saída de usar animação como uma ferramenta para explicar certos pontos importantes dos personagens e trama foi muito bem feita e realmente deixa uma caracteristica especial a mais na estética do filme. O que particularmente não gostei foi o final, já que quando o filme acaba... ele acaba, bem direto e seco. Podia funcionar nos filmes de ação dos anos 80, mas hoje em dia isso não fica bem.


Sobre Nicolas Cage, muitos comentam sobre seu estilo, digamos, excêntrico de atuar, mas você tem que dar o braço a torcer pra ele neste filme, especialmente quando ele atua como Zarathos (também conhecido como Motoqueiro Fantasma). Ele rouba a cena exatamente por ser tão excêntrico, tribal e animalesco ao mesmo tempo em sua atuação como o Motoqueiro, por roubar a presença de cena toda para ele, e por outro lado é aproveitado da excentricidade de Cage quando ele tenta conter o Espírito da Vingança, gerando algumas situações que vão virar momentos clássicos do ator.


No fim, ter uma historia funcional pro personagem e pros diretores, sem inventar muitas firulas, foi que salvou este filme da danação. Neveldine e Taylor trouxe um filme de ação enxuto, com coração e muita adrenalina e ao mesmo tempo aproveitando a fanfarronice e o explotation derivados dos diretores e personagens, respectivamente.Tudo aquilo que os fãs do Motoqueiro Fantasma pediram, e sem precisar fazer pactos com o demônio por isso!


NOTA: 8,0

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Da Prensa: Marvel + Aventura #6

Publicado originalmente em: http://blogclimax.blogspot.com/2012/02/da-prensa-marvel-aventura-6.html


Sim,sim, normalmente eu sempre falo da outra revista a linha "+ Aventura", mas essa mereceu meu pitaco, não só porque o filme do novo está chegando, mas também porque é um personagem do qual eu adoro, e a historia mostrada nesta edição apresenta não só o passado dele para o publico mais leigo mas também um dos motivos que o torna o Motoqueiro Fantasma um personagem (e um monstro) tão clássico.


Na história "O Dia que Johnny voltou pra casa" (publicada originalmente em Ghost Rider #5 em 2007), escrita por Daniel Way e desenhada por Javier Saltares, vemos o Espírito da Vingança em sua luta contra Lúcifer e sua gangue de motociclistas do inferno. Como parte do plano do Diabo de derrotar o Motoqueiro Fantasma, ele parte para o psicológico: atrai Johnny para o antigo circo onde vivia, trazendo de volta lembranças tristes de sua vida, as alegrias ao lado de sua amada Roxanne, e os motivos que o fizeram vender sua alma ao demônio.

Johnny tem os principais atributos que o fazem tornar um monstro clássico tão grande quanto por exemplo o Frankenstein e o Lobisomem. Ele parte do principio de um medo humano comum, a perda da figura paterna, e se expande e ganha relevância quando o sobrenatural faz o personagem e o leitor se questionarem sobre a validade daquilo, já que o próprio não faz ideia do erro que cometeu.A partir que ele falha com todos ao seu redor, ele se perde (literalmente) com o demônio interior e arrasta todos ao seu redor ao inferno que ele mesmo construiu, tema recorrente com o personagem.


O triste é que, perdido pelo seu próprio ódio, Blaze não vê algo que até Satã (dá a entender que)enxerga: que ele ainda tem salvação. Mas ao mesmo tempo, também reflete a Lúcifer algo que é constante ao Motoqueiro: não tem como voltar atrás para corrigir seus erros, o jeito é enfrentá-los.No fim das contas, a história nos apresenta de forma sólida a origem do personagem e nos faz importar com ele,mesmo que tenha alguns pequenos pontos que irão ser interligados no futuro da revista, mas que não chega a estragar a leitura dela como uma história própria.

NOTA: 7,5

OBS: Você provavelmente devem saber que a Marvel, numa manobra suja, está obrigando o criador do Motoqueiro Fantasma ,Gary Friedrich, a pagar 17 mil dólares a editora para que ele possa ter algum direito sobre o personagem de volta. Devido a esta grande sacanagem, o escritor Steve Niles (30 dias de Noite) está numa campanha para arrecadar grana pro Gerry pode ter algum direito sobre sua criação, da qual você pode ajudar de diversas formas (inclusive doando $$$) aqui.


OBS 2: Leiam também meu review de 'Road To Damnation' de Garth Ennis, que sairá em breve pela Panini, clicando aqui.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Palavras a 100 p/hora: Before Watchmen


E aconteceu. A DC decidiu ter bolas roxas e trazer a tona, depois de muitos boatos, notícias e confirmações não oficias que sim, o legado que Alan Moore e Dave Gibbons vai estar vivo na nova etapa que a editora está passando, com o anuncio de 'Before Watchmen', uma series de 7 prequels contando histórias que aconteceram em algum momento do passado dentro do clássico oitentista. Ao dessenterrar o "Palavras a 100 p/hora", vou falar sobre o que eu acho do lançamento disto, da reação (já esperada) de Alan Moore e dos leitores em geral,e minha opinião sobre tudo isso e sobre o que as pessoas esperam de quadrinhos de super herói em geral.

Bem, antes de tudo vamos retroceder ao começo de tudo. Sim, a ideia de haver prequels de Watchmen não é uma ideia nova, e muito menos veio de gente querendo grana (mais ou menos falando), primeiramente veio de Alan Moore durante os anos 80, algum tempo depois que a publicação original de Watchmen foi feita.Só que o que aconteceu: Allan Moore queria os direitos da revista de volta, e isso numa época que nem encadernados e nem adaptações para outras mídias era algo tão recorrente quanto hoje em dia.O contrato original dava a Moore e Gibbons uma porcentagens das vendas sobre a mídia impressa, enquanto a DC tinha os direitos sobre a história e personagens, incluindo sua exploração em outras mídias. Nem Moore nem Gibbons queriam um contrato de trabalho, então este trato foi feito,sendo que a regra era se a DC não publicasse Watchmen durante um ano,os direitos voltariam ao escritor.Só que, como o tempo é testemunha, a DC continuou publicando edições de Watchmen nos mais diversos formatos, e após a briga, novamente, sobre os direitos de V de Vingança, da qual foi a razão de Moore cortar as relações de vez com a DC.


No final dos anos 90, dois acontecimentos reacenderam a discussão sobre a revista.Watchmen estava fazendo 15 anos de vida e a DC compra a editora de Jim Lee e um dos tentáculos da Image, Wildstorm, da qual Moore estava trabalhando.Ou contratos de Moore tiveram que se refeitos durante a transferência para a DC, cortando qualquer ligação do escritor com a editora, tendo suas histórias sendo publicadas pelo selo America's Best Comics.Com a volta indireta pra DC, Moore também voltou para ter os direitos de Watchmen de volta, que gerou nos seus 15 anos de vida o cancelamento da linha de Action Figures (que chegou a aparecer em algumas Comic Cons da vida) a fim de manter a relação com escritor mais amenizada.mas o que aconteceu é que Paul Levitz(editor chefe da DC na época) meteu o dedo durante uma das edições de 'A Liga Extraordinária' por causa de uma citação mais explicita a editora concorrente Marvel, além dos processos por causa do filme da Liga Extraordinária, fizeram Moore se desligar de vez da editora e de tudo que tinha feito nela.

Uma das grandes discussões sobre Before Watchmen acabou sendo quem pertence a obra, criativamente falando.Pertence a editora, que pode explorar aquilo do jeito que quiser, pertence ao artista que pode decidir ou não como deve ser explorado aquilo? Bem, se você for considerar o aspecto jurídico da coisa, Watchmen pertence a DC, e ela pode dar direitos de explorar a franquia como quiser, seja filmes, games, bonequinhos ou até mesmo numa sequência. Mas se for pro aspecto criativo da coisa, Moore na verdade não possui o direito completo e absoluto sobre Wacthmen, mas sim faz parte de um legado muito mai velho do que ele, do qual no fim das contas Moore ( e Gibbons) tem um importante, porem pequeno, naquilo tudo que foi construído.


O porquês disso tudo que eu disse no ultimo paragrafo? Porque os quadrinhos de super-heróis, HQs mainstream, seja a forma que for que vocês a chamem,sobrevivem a partir disto, de constante recriação e "reciclagem" e idéias pra que eles mantenham frescas, que façam surgir ideias realmente novas, e principalmente, que mantenha constante o contato com seu publico, e que faça gerar mais publico.Ou seja, o cara que sabe toda a cronologia da DC Pós-Crise de cabeça e pode descrever em detalhes como e quantas vezes a Jean Grey morreu podem ser o sustentáculo de toda a industria, mas pra quem vende é interessante também trazer sangue fresco a piramide da industria.


E agora sendo extremamente pessoal, hoje em dia as pessoas tem uma visão muito errada sobre sobre os chamados "quadrinhos de super herói", porque a maioria das pessoas acusa de só ter lixo envolvido.Na verdade, esse tipo de quadrinho tem uma formula de ser feito, e tem que ser feito desse jeito, para gerar excitação ao ler, escapismo de qualidade.Muitos falam como se nunca tivesse coisas ruins também na década de 70 e 80, e como não tivesse coisas boas nas ultimas duas décadas.Há uma linha tênue que transforma esse formula em algo genial ou algo que acaba descaracterizando o personagem. Se no fim da contas a pessoa segue essa formula, a história será boa ou ruim dependendo de seu talento como storyteller e do que a editora pede.Apoio 100% que deve se ter mais espaço pros quadrinhos independentes,e eles merecem ser lidos, mas tratar aquilo que está enraizado para nós como sendo "quadrinhos básico" como lixo só porque não é o tipo de história que você quer ler e fingir não entender como aquilo funciona, é imaturidade.


E colocando aqui como prova que esse jeito de criar histórias predomina nas HQs, vamos pegar o próprio Alan Moore como exemplo.Ele citou Moby Dick durante sua entrevista sobre 'Before Watchmen' que nunca o escritor original faria uma sequência.Mas isso não significa que não possa haver reinterpretações e reinvenções de se trabalhar com esse personagens, ou outros. Afinal, Liga Extraordinária e Lost Girls não é nada mais que pegar personagens já existentes e criar novas histórias com eles, mesmo esses personagens tendo uma parcela de fãs que não queria que trabalhem nisso da maneira que ele faz.Então, de certo modo, toda a justificativa de Alan Moore vai por água abaixo, já que na prática ele faz aquilo que teoricamente deveria rejeitar.Citanto Peter David, enquanto falava sobre o assunto que estamos comentando: " Só por que uma corporação teve a ideia, ao invés de um único indivíduo, faz com que a ideia seja inferir? É um argumento ruim, considerando o fato de que a corporação quer usar uma propriedade que está em suas mãos." E mesmo assim, varias obras icônicas de várias mídias passam por inúmeros processos de recriação e homenagens por aí, e nem por isso a força do original foi diminuída.Quer um exemplo? Vá procurar no Google imagens da Mona Lisa, tem de imagens engraçadas a artes tão boas, porém de estilo diferentes, da original.Alan Moore ainda é o melhor escritor de literatura vivo, só pegar qualquer coisa que ele escreve hoje em dia e ver, mas em relação a sua situação com a DC, se tropeça em sua própria raiva.


Bem, mas no fim da contas, porque existir Before Watchmen? Primeiro: alguns parágrafos atrás falei sobre que pertencia Watchmen (ou qualquer história) de fato.No fim das contas pertence ao publico.Segundo: voltando aos parágrafos atrás, a industria de quadrinhos se baseia na recriação/reciclagem/reinvenção/reintrodução e velhos conceitos, e de novos, dentro e fora do ambiente de HQ, na tentativa de não somente manter os velhos leitores interessados, mas em especial de atrair novos leitores pra suas trincheiras.Ou seja, se vai sair os prequels do Watchmen, porque haverá uma demanda, seja de leitores velhos ou novos, para isso, assim também como possibilidades de explorar em outras áreas não só na intenção de "atrair mais dinheiro", mas também atrair mais leitores.


Fora da mídia de quadrinhos, Watchmen já teve sua prequel, o game "The End is Nigh", escrito por Lee Wein.E graças ao filme, Watchmen se tornou a graphic novel mai vendida no mercado americano por mais de 1 ano, desde o surgimento de seu teaser trailer até um tempo após do lançamento do filme.E apesar do filme não ter passado na faixa de 200 milhões em bilheterias (afinal ele foi um blokbuster de verão com faixa etária18 anos, algo completamente atípico nesses dia), fez sucesso entre o publico e teve bons números em home video.



Bem, esse texto foi escrito por mim afim de mostrar que, comercialmente falando, os prequels eram inevitáveis.Como muitos podem interpretar errado aqui, não estou falando que 'Before Watchmen' será bom, mas que merece o benefício da duvida, mesmo que tenho certeza que muito vão olhar e resenhar já com ódio pré estabelecido essas HQs.Pessoalmente, apesar das inevitáveis ligações com a obra original, acho deve funcionar de maneira mais independente, seja para velhos e novos leitores, ou seja, as conexões só vão existir se você quiser que elas existam.Quando ela sair no meio do ano saberemos realmente o que esperar disso tudo.Novamente citando Peter David: "Pra mim, o anúncio da DC simplesmente significa que o trabalho de Alan Moore alcançou o status de “icônico”, tanto quanto Superman e o Monstro do Pântano".


Watchmen ainda é uma obra relevante, e merece ser respeitada, mas para nenhuma obra de arte faz bem ser "canonizada". É só pegar Superman por exemplo. Mas mesmo assim, pelo fato que vão fazer outras coisas com o "canône", não significa que ele vai ser destruído de vez.The Dark Knight Strikes again não fez todos nunca mais lerem The Dark Knight Returns.O tempo vai ser o grande juiz acerca de Before Watchmen, mais que a mídia especializada, mais que os fãs.Porque o que é canônico é feito para durar, seja lá o que o atinja.E acho que esse vai sr o grande desafio, além de enfrentar "A Igreja" de fãs.Se for mexer com algo no passado e trazer de volta anosos dias, ele tem que ser relevante para quem assiste na época.Eu acho que o filme fez isso sem se distanciar muito do fato que é baseado em algo escrito na década de 80, e as equipes criativas de BW sabem que essa é a chave para fazer Watchmen funcionar, de novo. Ela não tem que ser uma referenciação do que foi feito antes, mas tem que se mostrar tão importante dela existir hoje em dia quanto o primeiro existiu lá nos anos 80.


Pra acabar a matéria, digo que estamos numa revolução.O resultado de tudo isso pode ser enterrado com o tempo,caso for ruim, ou se perpetuar e permanecer como algo tão bom quanto o original.Ou o mais provável, que, assim como o filme, ele precise de tempo para entender o que foi feito.Mas pra mim, o que interessa não é o que acontece por detrás da cortina, mas se a historia será boa e relevante nesses dias. Isso vai acontecer e será inevitável, e pelo menos fará a tentativa de ser bom (diferente de DK2, que foi quando começamos a perceber que Frank Miler estava louco). Deixo abaixo algumas frase da equipe criativa para reflexão:

Lee Bermejo: O mais importante é que tudo esteja reunido para nós contarmos as melhores histórias possíveis e reconectar esses personagens.Já se passaram 25 anos, vamos fazer isso ser vital de novo.

Dave Gibbons: A serie original de Watchmen era algo que eu e Gibbons queríamos fazer.Entretanto, eu entendo e apoio a inciativa da DC de fazer essa homenagem ao nosso trabalho, e desejo sorte a equipes criativas envolvidas>talvez essas novas revistas tenham o sucesso desejado.

Zack Snyder: Para os fãs de quadrinhos, é uma obra de arte, que definiu com que se pode fazer com os quadrinhos, se você quiser voltar atrás para isso, terá de fazer por sua conta e risco.Voltar a trabalhar com isso (Watchmen) seria algo duro de se fazer, e o desafia é acrescentar algo que seja certo aquilo feito, ou senão as pessoas vão a loucura.

Darwin Cooke: Eu disse não de cara na primeira vez que me chamaram, porque não pensaria em criar qualquer história que destruiria o que o original construiu, e francamente isso iria acontecer naquela altura do campeonato. Além disso, isso atrairia uma certa atenção da qual eu não gostaria.Mas o que aconteceu é que, meses depois do meu "não" ser dito, é que uma história veio a minha cabeça e pareceu funcionar foi ai que fiquei empolgado em fazer a história de fato.

Brian Azzarelo: A reação instintiva ao projeto é 'por quê?'. Mas quando as séries saírem mesmo, a resposta vai ser: 'Ah, por isso.'

John Higgins: O desafio é fazer estas histórias serem moderna e relevantes para 2012 e o que pode ser feito com respeito e consideração como material original que vem influenciado tantas pessoas durante esses anos, mas adicionando algo a isso, não depreciando.

J. Michael Straczynski: A questão é: "Por que fazer qualquer coisa com base em algo que foi bem feito?" É estranhamente contra-intuitiva: os personagens são ótimos, o mundo é fantástico, nós criamos algo maravilhoso aqui, por isso, Deus - vamos nunca faça isso de novo. Fuja!

Um monte de gente acha que esses personagens não devem ser tocados por qualquer outra pessoa a não ser Alan, e enquanto isso é absolutamente compreensível em um nível emocional, é profundamente falho em um nível lógico. Baseado em durabilidade e reconhecimento, então eu poderia fazer o argumento de que Superman é o maior personagem de quadrinhos já criados. Mas nem Alan nem ninguém jamais sugeriu que ninguém além de Shuster e Siegel deve escrever Superman. Alan aceitou escrever Monstro do Pântano, um personagem de quadrinhos criado por Len Wein, e fez um ótimo trabalho. Ele não disse "Não, não, eu não posso, que é personagem de Len". Nem deve ter.

Mais uma vez: em um nível emocional, eu entendo. Mas por isso mesmo, Alan passou a maior parte da última década a escrever algumas histórias muito, muito boas sobre personagens criados por outros escritores, incluindo Alice (do País das Maravilhas), Dorothy (de Oz), Wendy (de Peter Pan), bem como o Capitão Nemo, o Homem Invisível, Jekyll e Hyde e Professor Moriarty. Eu acho que se perde um pouco de moral,já que ele diz: "Sou capaz de escrever personagens criados por Jules Verne, HG Wells, Robert Louis Stevenson, Arthur Conan Doyle e Baum Frank, mas é errado para qualquer outra pessoa para escrever um dos meus personagens."

A falta de sua bênção tem nenhum impacto mais sobre o processo atual de contar histórias do que seria o caso se tivéssemos as suas bênçãos. A história tem que sustentar em seu próprio eixo. Uma história de baixa qualidade não seria ajudado por ter suas bênçãos, e uma boa história não se torna melhor por isso. Seria legal? Claro. Eu adoraria. Mais uma vez, sempre fui um grande fã do trabalho de Alan. Voltando no tempo, quando eu trabalhava no "The New Twilight Zone", eu o segui e, depois de fazer o impossível para encontra-lo, conseguiu conversar com ele no telefone para perguntar se ele por favor considere escrever um episódio pra série. (Ele disse que não.) Alan é o melhor de nós. Eu já disse várias vezes, online e em convenções, que em uma escala de 1-10, Alan é um 10 explodindo. Eu não só disse que, mais importante, eu sempre acreditei nisso.

Por hoje acabou, até a próxima!